Levantamento
envolveu quase 500 pais de alunos plugados ao Portal Educacional; a maioria
(70%) se diz familiarizada com a rede, bem informada sobre os riscos, e
disposta a dialogar com seus filhos sobre os cuidados necessários para evitar
problemas
Pais
participam de redes sociais praticamente tanto quanto seus filhos. Apesar
disso, só 72% visitaram as páginas pessoais dos filhos. E embora a maioria dos
pais (61%) declare estabelecer regras para o uso da internet, ainda há uma parcela
significativa (26%) que não estabelece qualquer regra para os filhos
quanto ao uso da Internet e não vê problema nisso. A percepção dos riscos é
alta: 80% dos pais afirmaram temer que os filhos se envolvam em problemas pela
Internet, mas só 6% dos pais disseram temer que seus filhos sejam vítimas de cyber
bullyng.
Essas são algumas
conclusões da pesquisa que a divisão de Tecnologia Educacional da Positivo
Informática realizou com pais de crianças e jovens da Educação Infantil
ao Ensino Médio de escolas particulares usuárias
do Portal Educacional.
A pesquisa foi
realizada como parte da campanha Se Liga! – Internet Segura, com 448 pais, de
oito Estados, que responderam a um questionário sobre o uso que fazem do
computador e da rede, como controlam o acesso dos filhos, como tratam os
problemas da Internet com eles, e muito mais.
Segundo Andréia
Schmidt, psicóloga e articulista do Portal Educacional, 70% dos pais se revelam
familiarizados com a rede, bem informados sobre os riscos, e dispostos a
dialogar com seus filhos sobre os cuidados necessários e a procurar soluções em
caso de problemas.
Nada menos que 77% usam
o computador diariamente, mais da metade acessa a Internet entre 2 e 10 horas
por semana, e 20% afirmaram passar mais de 16 horas por semana conectados à
rede.
Mais de 70% dos pais
responderam que participam de alguma rede social, percentual parecido com o de
pais que afirmaram que os filhos também mantêm perfil ou participação em redes
sociais (77%). As redes sociais preferidas são o MSN (29%), o Facebook (29%) e
o Orkut (26%). Muitos dos pais (72%) já visitaram as páginas pessoais dos
filhos nas redes, já um percentual menor afirmou que os filhos já visitaram as
suas próprias páginas (57%).
Embora muitos pais
declarem não ter dificuldades em administrar o uso do computador pelos filhos -
61% deles dizem que estabelecem regras para isso e que elas são cumpridas, 17%
declaram ter dificuldade em colocar limites e 26% acham que os filhos passam
tempo demais na Internet. Uma parcela significativa (26%) afirmou não
estabelecer qualquer regra para os filhos quanto ao uso da Internet e não ver
problema nisso.
“A relação entre
criança/adolescente e computador/Internet deve ser discutida entre pais e
filhos para que excessos não ocorram. Se os pais optam por não estabelecer
regras, é uma atitude que pode ser motivada por inúmeros fatores, inclusive
pelo fato dos filhos usarem o computador de forma responsável e adequada. No
entanto, uma vez estabelecidas regras, é importante que seu cumprimento seja
monitorado pelos pais para que elas não caiam no vazio”, comenta Andréia.
A percepção dos riscos
é alta: 80% dos pais afirmaram temer que os filhos se envolvam em problemas
pela Internet, ainda que apenas 20% deles afirmem conhecer diretamente crianças
ou adolescentes que tenham enfrentado situações como agressões em redes sociais
ou uso indevido da imagem — incluindo 5% de pais que declararam que problemas
dessa ordem ocorreram com os próprios filhos. Os principais medos são de que os
filhos passem informações pessoais pela rede (19%), que eles se exponham de
forma indevida, por meio de fotos ou vídeos (16%) ou que se envolvam com
estranhos que possam representar algum perigo (também 16%). O acesso a conteúdo
impróprio e/ou pornográfico e a pedofilia também preocupam 13% dos pais.
Sobre o bullying,
muito discutido na mídia e nas escolas, apenas 6% dos pais disseram temer que
seus filhos sejam vítimas do problema e um percentual ainda menor se preocupa
que o próprio filho se coloque na posição de agressor em alguma instância, seja
agredindo/expondo alguém pela rede ou se associando a grupos que ajam dessa
forma.
Para 90% dos pais, a
grande ferramenta de prevenção a problemas na rede é o diálogo, e eles
conversam com os filhos sobre os riscos da Internet e os orientam sobre como se
comportar em relação a eles. Mas embora 57% achem que seus filhos sabem se
comportar de modo a evitar a exposição a riscos na Internet, 21% acreditam que
os filhos não sabem fazê-lo e outros 21% afirmaram não saber responder a essa
questão.
Questionados sobre o
que fazer no caso de problemas, 68% acham que saberiam como ajudar os filhos
caso eles fossem vítimas de problemas na rede. Se os filhos fossem os
agressores, quase 60% afirmaram que procurariam ajuda profissional para
resolver o problema, e 8% lembraram da escola. Entre as possíveis soluções, 22%
mencionaram a proibição do uso do computador, e 34% manifestaram sentir falta
de um espaço para discutir essas questões.
“Esses dados podem nos
ajudar a encontrar caminhos para lidar melhor com a segurança na Internet,
entender de forma mais clara todos os riscos envolvidos e descobrir formas de
atuar nas escolas para prevenir problemas”, comenta Andréia Schmidt. A campanha
Se Liga! continua online, com conteúdos para alunos, pais e educadores
relacionados à Internet segura.
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