A
Universidade de São Paulo (USP) atingiu a 20ª colocação em ranking
mundial que classifica as instituições de ensino superior pela
relevância na internet.
Além de manter o primeiro lugar entre as universidades da América Latina
conquistado já no levantamento de janeiro de 2010 do Webometrics, a USP
ganhou 23 posições em relação à lista de julho. O ranking realizado
pelo grupo de pesquisa Cybermetrics Lab, do Conselho Superior de
Investigações Científicas da Espanha, é divulgado duas vezes ao ano.
Para a USP, essa nova classificação sinaliza que a universidade tem
visibilidade significativa na internet e atribui a melhora no
posicionamento à recente reformulação feita no portal da instituição.
Nesta edição, além da USP, o Brasil melhorou no ranking. Entre as 200
primeiras universidades, sete são brasileiras – em julho de 2011 eram
quatro. Na lista das top 100, aparece pela primeira vez a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 71º lugar – antes apenas a USP
ficava no seleto grupo.
A UFRGS ganhou 79 posições em um semestre. Segundo o reitor da
instituição, Carlos Alexandre Netto, o crescimento tem pelo menos três
causas. A primeira delas é o repositório digital Lume, que disponibiliza
desde 2008 artigos, livros, teses e trabalhos de conclusão dos
acadêmicos da universidade, além do acervo fotográfico da instituição. O
site da UFRGS também passou por mudanças em outubro do ano passado que
deixaram a página mais moderna e organizaram melhor a informação. Para
completar, Netto atribui o resultado à produção científica da UFRGS.
“Este ranking dá a medida da importância acadêmica da instituição. A
Universidade Federal do Rio Grande do Sul subiu 80 posições em relação
ao levantamento divulgado em julho de 2011. Isso mostra que a UFRGS está
consolidada entre as 100 melhores universidades do mundo”, afirma.
As demais universidades brasileiras que aparecem entre as 200 melhores
são: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (122º),
Universidade Federal de Santa Catarina (129º), Universidade Federal do
Rio de Janeiro (171º), Universidade de Brasília UNB (184º) e
Universidade Estadual de Campinas (193º).
Troca na liderança
No topo da lista do ranking houve uma mudança. A Universidade de Harvard
reassumiu o primeiro lugar no lugar do Massachusetts Institute of
Technology (MIT), depois de duas edições na segunda posição. A
Universidade de Stanford manteve a terceira colocação. Até a 16º
colocação do ranking todas as instituições são norte-americanas e entre
as 200 melhores, 86 são daquele país.
Universidades no raking Webometrics por país.
Relevância na internet
Para chegar ao resultado, o Webometrics leva em consideração a presença
dos trabalhos científicos das universidades na internet, não apenas nos
meios formais, mas também na comunicação informal. O objetivo original
do levantamento era promover a publicação online de trabalhos
científicos. O grupo de pesquisa que organiza o ranking acredita que a
presença e a visibilidade na web são os melhores indicadores para
descrever a performance das universidades no século 21.
Para medir a repercussão das instituições, o ranking utilizou nesta
edição quatro critérios: visibilidade (número total de links externos e
domínios de referência de acordo com o Majestic SEO), tamanho (número de
resultados de busca no Google), rich files (volume de arquivos de
conteúdo acadêmico nos formatos PDF, Adobe PostScript, Microsoft Word e
PowerPoint, obtido através do Google) e Scholar (número de publicações e
citações para cada domínio acadêmico, obtido no Google Scholar no
período de 2007 a 2011 e no Scimago de 2003 a 2010). Foram analisadas
nesta lista mais de 20 mil instituições, apenas as com um domínio online
único.
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