O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e representantes do British
Council no Brasil anunciaram na manhã desta segunda-feira, 14, em
Brasília, uma parceria para dar a dois mil estudantes de baixa renda a
chance de fazer exame de proficiência em língua inglesa, gratuitamente. O
acordo faz parte do programa Ciência sem Fronteiras dos ministérios da
Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O British Council, organização do Reino Unido, atua internacionalmente
para estreitar relações culturais e criar oportunidades educacionais.
Com a parceria, os britânicos farão um investimento de aproximadamente
R$ 1,6 milhão, que financiará, além dos exames de proficiência, quatro
mil livros preparatórios e 40 mil exames de nivelamento.
Para essa parceria serão considerados de baixa renda os bolsistas do
Programa Universidade para Todos (ProUni); os beneficiários do Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) e do programa Bolsa-Família; estudantes
com renda familiar inferior a seis salários mínimos (R$ 3.732);
candidatos que cursaram o ensino médio em escola pública ou em
instituições particulares na condição de bolsistas. Para concorrer à
bolsa, os candidatos devem ser indicados pelos coordenadores do Ciência
sem Fronteiras e disputar uma das vagas do programa para o Reino Unido.
Também presente à solenidade, o ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou a importância da língua inglesa
para o acesso ao programa. “Mais de 30 mil bolsas do Ciência sem
Fronteiras têm o inglês como idioma necessário para o bom aproveitamento
do estudante”, disse.
Desafio — De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, a língua é um
desafio a ser superado para abrir oportunidades aos estudantes com maior
mérito acadêmico. Ele lembrou que um dos requisitos para participação
no programa é o candidato obter, ao menos, 600 pontos no Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). “Muitos jovens pobres conseguem os 600 pontos no
Enem, obtêm desempenho excelente nos estudos e estão habilitados a
participar do Ciência sem Fronteiras, mas carregam uma deficiência na
formação da língua do país ao qual querem ir”, destacou.
Além das nações que têm o inglês como idioma oficial, Coreia do Sul,
Bélgica e Holanda oferecem em inglês seus cursos vinculados ao Ciência
sem Fronteiras.
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