A Escola Estadual Dom José Adelino Dantas, localizada no Conjunto Santarém, Zona Norte de Natal, tem e é um exemplo concreto da capacidade da educação pública na superação de obstáculos e na construção de exemplo que servem para uma vida toda. João Maria Bezerra Pereira está na Escola desde 2009, é maestro da Banda de Fanfarra, e é deficiente visual.
João Maria rege a banda escolar (foto: Danilo Bezerra) |
Quando chegou à Escola Dom José Adelino Dantas, não existiam instrumentos para uma banda musical. Na época, deu início a sua atuação como mestre de banda utilizando apenas a parte teórica em sala de aula. Mas, já foi conquistando a simpatia e o entusiasmo de jovens estudantes e de professores.
João Maria Bezerra foi para a Escola Dom José Adelino Dantas pela via do programa Mais Educação, e por meio do Mais Educação conseguiu atender ao grande anseio dos jovens estudantes que não perdiam suas aulas teóricas: os instrumentos musicais para dar início a Banda de Fanfarra, uma das mais famosas da Zona Norte de Natal.
A Banda de Fanfarra tem hoje 30 membros fixos e ensaia nas dependências da Escola toda 2ª, 4ª e 6ª feira, no horário das 17h30 às 18h50. “Existe uma grande procura, inclusive dos menores, mas não existem instrumentos para os alunos pequenos”, lembra a coordenadora pedagógica da Escola Dom José Adelino Dantas, Maria do Socorro Gomes.
O aumento da procura de crianças e jovens pela atividade musical na Escola, e o sonho de João Maria Bezerra de transformar a Fanfarra em uma Banda Marcial, tem gerado a reivindicação por mais instrumentos. “Esperamos mais instrumentos, principalmente de sopro, para termos uma banda marcial”, diz o maestro.
Darlyelson Ribeiro Barbosa de Paula, 17 anos, 3º ano do Ensino Médio, morador do Conjunto Santarém, 5 anos na banda, destaca a força do trabalho no campo da inclusão social e no combate a marginalidade. “Acho muito importante. A banda ajuda e tira os jovens das ruas e das drogas”, disse Darlyelson.
Rayssa Oliveira dos Santos, 16 anos, 8ª série do Ensino Fundamental, moradora do Conjunto Pajuçara, 3 anos na banda, ressalta a integração social desenvolvida. “É bom estar na banda. Interagir com os amigos. Estou por amor. Nós temos um excelente maestro”, completa Rayssa Oliveira.
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